terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ninguém é perfeito


Ninguém é  perfeito



Em uma escola da periferia de Piraquara, havia um menino que se achava . Era metido e escolhia com quem andava, e só andava com pessoas iguais a ele, pois queria ser um galã.
Conviver com ele não era fácil. Houve uma vez, durante uma aula qualquer, ele  viu a amiga dele machucada e  perguntou: 
_ O que é isso no seu pé? 
_ Eu cai ontem e destronquei meu pé.
_ Então não  converse mais comigo porque não falo com defeituosa!
A menina ficou muito chateada e gritou:
_ Ma  não sou defeituosa!
Com ar de superioridade, o menino revidou:
_ Não era, mas agora virou. Suma da minha frente...
A menina, que se chama Carol, foi escorando-se pelas paredes até o banheiropara chorar, pois percebeu que ninguém queria ser amigo dela . Enquanto chorava, se perguntava:
_ Como não percebi que ele era ruim assim? Como pude ser amiga de um menino desses?
Os dias se passaram e a menina melhorou. Foi para a escola e aquele menino ficou imitando-a quando estava  com o  pé destroncado e insistia em ofendê-la: 
_Voce não vale nada, pois já se recuperou sua defeituosa.
_ Olha, eu fiquei muito triste com seu preconceito, mas não ligo mais para você...
_ È bom mesmo, pois nunca vou andar com uma menina quebrada, faltando pedaços.
Carol não aguentou. Saiu correndo em direção da secretaria da escola e desabafou com o diretor:
_ Eu quero minha transferência dessa escola, não aguento mais ficar nem dez minutos aqui dentro!
_ Calma, o que aconteceu? - perguntou o diretor sem entender o que se passava.  
_ Um menino fica me humilhando. Já não aguento essa perseguição...
O diretor orientou a menina e conversou com o aluno agressor. No entanto, Carol ficou dias sem aparecer na escola.
Ninguém sabia sobre a vida de Carol. Apenas aquele menino podia pesar o tamanho da sua culpa. Foi então que algo aconteceu com ele. Percebendo que Carol não viria mais à escola por causa de suas agressões, decidiu ir à casa dela para desfazer todo aquele mal-estar.
Era tarde, logo depois das aulas. Bateu a porta da menina, chamou alto pelo seu nome:
_ Carol, Carol, eu fui um idiota em fazer você sofrer, me perdoe.
Carol abriu as cortinas da janela:
_ O quê?! Claro que te perdoo. Eu gosto tanto de você...
_ Então desce aqui para conversarmos.
A menina desceu e foi ao encontro daquele que um dia partira seu coração. Era a hora de consertar as coisas. O perdão pode ser um bom começo...
      
 
    
Autora:Fabiele Aparecida Detogni 5ªA




        

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